Transplante de Medula Óssea: o que é, como funciona e quais são os riscos e benefícios
Dra. Elaine Mancilha, médica hematologista, faz breve relato dos principais tipos, resultados e quando é indicado
11/13/20252 min read
Transplante de Medula Óssea: o que a ciência mostra sobre eficácia, riscos e esperança
O transplante de medula óssea (TMO), também chamado de transplante de células-tronco hematopoéticas, é uma das terapias mais avançadas da medicina moderna para doenças graves do sangue — como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências hereditárias.
Baseado em décadas de pesquisas, o procedimento substitui a medula doente por células saudáveis capazes de reconstruir todo o sistema sanguíneo do paciente. Segundo dados internacionais (CIBMTR e EBMT), mais de 90 mil transplantes são realizados todos os anos no mundo, com curvas de sobrevida cada vez mais altas graças à evolução das técnicas e dos cuidados de suporte.
Doadores compatíveis: o grande desafio
A compatibilidade genética (HLA) é o ponto crítico do TMO. Apenas 25% dos pacientes encontram um doador ideal dentro da família. Por isso, os registros de doadores voluntários são essenciais. Hoje, o REDOME — o registro brasileiro — é o 3º maior do mundo, com mais de 5 milhões de cadastrados.
Resultados que salvam vidas
Os avanços científicos têm ampliado a segurança e eficácia do TMO:
Transplantes alogênicos para leucemias podem alcançar taxas de cura superiores a 60%, dependendo do subtipo e estágio da doença.
Em doenças como aplasia de medula grave, o TMO é considerado tratamento curativo, com sobrevida média acima de 80% em pacientes jovens.
Novos protocolos, como transplantes haploidênticos (com pais, filhos ou irmãos parcialmente compatíveis), aumentaram o acesso ao tratamento sem reduzir os resultados clínicos.
Riscos existem — e precisam ser conhecidos
O principal risco é a Doença do Enxerto contra o Hospedeiro (DECH), que ocorre quando as células do doador atacam tecidos do receptor. A DECH crônica pode afetar 30% a 50% dos pacientes, mas novos imunossupressores e terapias celulares reduziram significativamente a gravidade dos casos.
Por que falar sobre isso importa?
O TMO salva vidas — mas depende de informação, diagnóstico precoce e, principalmente, de doadores. Cada nova pessoa cadastrada aumenta a chance de alguém, em qualquer lugar do mundo, receber uma nova oportunidade de viver.
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